sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A eleição do palhaço: o que o eleitor quis dizer e o que efetivamente fez?

Estarrecido, recebi a notícia da eleição do palhaço Tiririca. Já não ria de suas piadas obtusas e agora choro um desapontamento com o eleitorado paulista e uma vergonha que me durará 4 anos. Compartilho a opinião do blog Americas da revista britânica The Economist  que afirmou ser "deprimente e estranho um país que tem a tecnologia maravilhosa das urnas eletrônicas, eleger Tiririca com um milhão de votos". Alguns analistas políticos e outros renomes da imprensa mundial  classificaram como protesto e creio que boa parte dos seus votos tiveram esse cunho, motivados pela "palhaçada" que ainda habita a política brasileira. O conceituado jornal britânico Financial Times  disse que Tiririca é um "sarcástico protesto do sistema político atual".
Péssimo protesto. Estes eleitores protestantes deveriam votar em cédulas de papel, como se fazia antigamente, votando no "Jacaré do Tietê" ou no "Milto Cachorro" ou no próprio "Palhaço Tiririca". Aí sim o protesto não sairia de seu objetivo causando outras consequências não desejadas.
O "protesto" via palhaço Tiririca elegeu, além do próprio, Otoniel Lima do PRBVanderlei Siraque do PT e o Delegado Protógenes do PC do B, este  último, o algoz do banqueiro Daniel Dantas e sua turma, como bem relembrado pelo blog Tomando na Cuia. Interessante frisar que eles  tiveram 95.971, 93.314  e 94.906 votos respectivamente, números insuficientes para estes da coligação PT conseguirem uma cadeira na Câmara se não fosse pela bela jogada de colocar Tiririca como puxador de votos.
Para refletir: Quantos dos 1,4 milhão de eleitores do Tiririca queriam ser também representados  por estes outros candidatos? Há formas melhores de protesto.
Para concluir:  Ainda necessitamos, e muito, de amadurecimento político. Urna não é penico.

De volta!!!

Aê Galera! Pra alegria de poucos, estou de volta!!!